O Brasil é um país tropical e de grande território. A distância entre as regiões, (norte, sul, leste e oeste) faz com que o clima seja muito divergente, o que dificulta uma padronização da época que se deve iniciar a vermifugação.
É sabido que a estação chuvosa favorece o desenvolvimento, sobrevivência e dispersão das larvas de endoparasitos nas pastagens. Neste período cerca de 90 a 95% dos vermes encontram-se no ambiente e apenas 5 a 10% encontram-se nos animais. Ao contrário, no período seco do ano, pela falta de condições para o seu desenvolvimento, o número de larvas nas pastagens diminui.
Segundo o médico veterinário Gustavo Máximo Martins, o que acontece é uma inversão dos percentuais: “Como no período seco a quantidade de larvas nas pastagens é reduzida, o maior percentual fica nos animais. Então não é que a quantidade de larvas aumenta nos bovinos, o que acontece, é que ela diminui nas pastagens, ocorrendo uma mudança no percentual”.
Partindo deste pressuposto o período favorável para a vermifugação é o período seco, onde a maior parte dos vermes está nos animais e a menor parte, no ambiente. Conforme Martins, o tratamento é mais eficiente nesta época. “Por um lado a vermifugação irá controlar e combater os vermes que estão nos animais e por outro lado os animais correrão menos risco em se recontaminarem, uma vez que a quantidade de larvas no ambiente é inferior”.
“A vermifugação deve acontecer em três doses, com intervalo de 60 dias entre elas. Se a primeira for no mês de maio, a segunda deve ser em julho e a terceira em setembro, por exemplo. A primeira vermifugação deve remover os vermes que o animal acumulou durante o período chuvoso, a segunda vermifugação elimina os vermes que sobreviveram à primeira e a terceira se encarrega de eliminar os vermes que sobreviveram as aplicações anteriores”, conclui Martins.
Jacareí, 13/04/2009
Aldinei Franco
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